domingo, 13 de março de 2016

RELATO DA OFICINA DE RETALHO.



O SOL.
Inicialmente, é imprescindível falar como foi que cheguei ao PIBID, levando-se em conta que foi na transição de governo do nosso município e essa nova gestão fez com que despertasse em mim um desanimo enorme. São esses dilemas que fazem parte da vida cotidiana nas salas de aula e transformam-se em desafios para a profissão. O PIBID fez com que eu novamente enchesse de animo como o sol que transmite calor, luz e energia, quando estudamos o texto “Os dilemas práticos dos professores” de Miguel Zabalza, que pontou situações da dinâmica de sala de aula que se transformam em momentos dilemáticos e que cada pessoa é diferente, dependendo do caráter de cada um, da formação de cada um, da experiência de cada um, do tipo de recursos disponíveis, etc. E lembrei-me do meu caráter, da minha formação lá no magistério com o sonho de fazer o melhor para contribuir a onde eu trabalhasse fazendo uma educação de qualidade.
E com toda complexidade que enfrentamos na nossa profissão, precisamos recarregar a nossa energia para desenvolver o trabalho em sala de aula. O PIBID foi que trousse para mim essa energia que estava precisando fazendo com que eu voltasse novamente a pesquisar. Juntamente com os alunos de pedagogia com tanto sede de novos conhecimentos para se aperfeiçoar em sua profissão para serem os novos professores do nosso país que passa por tantos dilemas e um desses dilemas é que os gestores políticos do nosso país não se preocupam em assegurar uma educação de qualidade para os cidadãos brasileiros. Mas ao ver os cursistas de pedagogia com uma vontade danada de fazer o melhor para as crianças foi uma luz que brilhou novamente em mim para dá o que há de melhor.  As preocupações em ver aquelas crianças alfabetizadas e incentivar ao mesmo tempo os cursistas para seguir essa profissão, mim fez debruçar em busca de novos conhecimentos e as orientadoras Socorro e Ivana foram os raios do sol que mostrou para mim o caminho que deveria seguir. Um desses raios que elas apresentaram-me foi o blog que foi um grande desafio, pois, eu tenho uma grande dificuldade em escrever o que sinto, posso até explicar oralmente, mas na hora de descrever mim travo e através do blog que sempre precisava deixar as nossas impressão fui conseguindo aos poucos mim soltar. Hoje sei que ainda preciso melhorar muito, mas creio que já estou melhorando um pouquinho. E outros raios que fui seguindo foi os dos estudos do método socioconstrutivista de Emília Ferreiro e Ana Teberosky e sem esquecer-se de Paulo Freire, pois desde o inicio a minha maior preocupação foi alfabetizar as minhas crianças e cada fez que nós se reuníamos para planejar e escolher uma palavra geradora dentro de mim sentia um calor imenso e esse calor eu tentava transmitir para os meus alunos e os meus colegas de trabalho Danilo, Átila, Andersom, Jamile, Naiane, Murilo e a mais nova caçulinha da turma Poliana. Foi essa equipe do PIBID que percebi que era possível fazer com que alunos de escola pública aprendessem a ler e escrever.
E para ensinar a ler e escrever é necessário que venhamos saber que alfabetizar, não é mesmo que letrar como Magda Becker Soares aborda. Pois hoje se entende que a alfabetização transcende a mecânica do ler e do escrever (codificação/decodificação), ou seja, a alfabetização é um processo histórico-social multifacetado, envolvendo a natureza da língua escrita e as práticas culturais de seus usos. “Alfabetizar não é só ler, escrever, falar sem uma prática cultural e comunicativa”. Olha bem como é, ao mesmo tempo em que estou ensinando os meus alunos a serem letrados estou aprendendo. Então é importante registrar que a criança, no transcurso do dia-a-dia, vivencia usos de escrita, percebendo que se escreve para comunicar alguma coisa, para auxiliar a memória, para registrar informações. E que da mesma forma recorremos à escrita, através da leitura, para, também, obter-se informações, e buscar entretenimento. É hora, então, de a escola parar de simplesmente ensinar a escrita, para dar espaço a uma escrita dinâmica, explorando as ideias, as emoções, as inquietações, escrevendo e deixando escrever. (Kramer, 2000).

Consequentemente, a escola precisa pensar a alfabetização como processo dinâmico, como construção social, fundada nos diferentes modos de participação das crianças nas práticas culturais de uso da escrita, transcendendo a visão linear, fragmentada e descontextualizante presente nas salas de aula onde se ensina/aprende a ler e a escrever. Oliveira, acerca desta questão, reconhece que:

Por isso, é de fundamental importância que, desde o início, a alfabetização se dê num contexto de interação pela escrita. Por razões idênticas, deveria ser banido da prática alfabetizadora todo e qualquer discurso (texto, frase, palavra, “exercício”) que não esteja relacionado com a vida real ou o imaginário das crianças, ou em outras palavras, que não esteja por elas carregado de sentido. (Oliveira, 1998, pp. 70-71).

Vejo que no futuro essas crianças terá uma educação bem melhor que eu recebi, pois creio que toda dificuldade que tenho ao escrever foi que na minha base eu não fui preparada para ser letrada e espero que um dia todo o alfabetizador venha entender que precisamos mudar nossa pratica de serem meros transmissores de conhecimentos e ser educadores, pesquisadores e comprometidos para que tenhamos uma educação de qualidade. Por essa razão, a proposta escolar de alfabetização tem que considerar os diferentes níveis ou graus de inserção da criança no mundo letrado. Aproveitando quero deixar aqui registrado que, as crianças que chegam ás classes de alfabetização, na escola pública, são crianças reais, capazes de aprender a ler e escrever. Resta que a escola identifique o seu percurso no processo de aquisição da língua escrita, organizando suas atividades de modo que a vivencia do ler e escrever, na sala de aula, seja rica, útil, podendo informar, transmitir informações, entreter e, enfim, tenha a gama de usos e funções socioculturais que caracterizam na sociedade. E o PIBID contribui para que essas crianças venham receber uma educação de qualidade.

Agradeço por fazer parte desse programa. Josiene de Sousa Pereira

sábado, 11 de julho de 2015

UMA REFLEXÃO SOBRE OS ESTUDOS E PLANEJAMENTOS NO PIBID.





 O ato de ler e escrever constitui um elemento inerente a condição humana, uma vez que a aquisição da língua oral e escrita nos remete a possibilidade de participação social na qual nos tornamos seres no mundo. A aquisição da leitura e da escrita implica, portanto, uma questão de cidadania, ao tempo que se revela como uma forma de inclusão social, ao possibilitar-nos a capacidade   criadora e o posicionamento crítico no mundo no qual estamos inseridos. Desse modo, o domínio da língua oral e escrita amplia nossos horizontes, proporcionando-nos, sobre tudo o acesso a informação e a produção do conhecimento.
Realçamos que, o ato de ler e escrever não se constituem como naturais, mas revelam-se como processos que ocorrem a partir das interações sociais estabelecidas, conduzindo à assimilação dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade com vista  à reelaborarão. A escola enquanto agência de excelência de produção de conhecimentos desempenha um papel de fundamental importância no processo de aquisição da língua escrita, ao desenvolvê-la de forma sistematizada, atribuindo sentido ao aprendizado da leitura e da escrita por meio das interações estabelecida no contexto escolar.
Minha experiência profissional como professora, bem como em supervisora no projeto do PIBID, argumentando a inegável importância do processo de alfabetização das crianças em sala de aula, percebo a importância do planejamento feito pelos alunos de pedagogia para intervenção na sala de aula, através de pesquisas e análise dos mesmos. Trouxe para mim uma nova perspectiva na minha vida profissional, analisando acerca da alfabetização nos remetendo a uma leitura das questões teórico-metodológico acerca das diferentes concepções de aprendizagem da leitura e da escrita, a partir das concepções empirista e psicogenética.  
A concepção empirista fundamentada no modelo tradicional de alfabetização, concebendo-o enquanto processo de codificação e decodificação da língua escrita, pautada sobre tudo na memorização inicial de silabas simples seguidas  das sílabas complexas para a formação de palavras. Nesse sentido, a preocupação central neste modelo de alfabetização é a escrita enquanto representação da fala, enfatizando a dimensão individual do processo de alfabetizar, de modo que a escrita é constituída enquanto atividade neutra e mecânica, sendo necessário inicialmente ensinar a escrita das letras para depois ensinar a ler e a escrever.
A concepção psicogenética da aquisição da leitura e da escrita traz uma revolução conceitual sobre a alfabetização, a medida que refuta as antigas praticas de ensino e aprendizagem do sistema alfabético, concebendo a criança enquanto sujeito que pensa acerca do funcionamento da escrita.
Neste enfoque, Ferreiro e Teberosk (1999) apresentam uma revolução conceitual ao explicarem a forma como a criança aprende a ler e a escrever, ao definirem as fases sucessivas (pré-silábica, silábica, silábico-alfabética e alfabética) pelas quais as criança passa durante o processo de aquisição da língua escrita.dessa forma o papel do professor é mediador entre o sujeito cognoscente (aluno) e o objeto cognoscível ( código escrito), considerando a construção do conhecimento realizada nesse processo, onde o aluno é o sujeito ativo, capaz de formular hipóteses, comprovar, categorizar apartir das experiências que vai realizando na interação da língua escrita.
Na perspectiva freireana tem o principio de uma alfabetização transformadora coaduna em uma educação problematizadora, [...] comprometida com a libertação, empenhada na desmistificação [...] ( Freire, 1987, p. 72) do domínio da palavra a uma minoria elitizada que detém o poder da escrita, legitimando as relações de dominação entre os que se apropriaram da tecnologia da escrita e aqueles que a não a possuem, sendo, portanto marginalizados.  Com esse estudo com a equipe do PIBID, viemos entender  que a discussão em torno dos processos de alfabetização e letramento não implica na substituição e ou dissociação de um termo por outro, lembrando que ambas as categorias conceituais de aquisição da língua escrita envolvem  processos complexos que se traduzem em diferentes dimensões.
Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, [...] a entrada da criança (e também do adulto alfabetizado) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esse dois processos: pela aquisição do sistema convencional da escrita – a alfabetização- e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita – o letramento. ( SOARES, 2004, P.14).
Com base na reflexão ora mencionado compreendo que a prática pedagógica como elemento de produção de conhecimento ao tempo que se configura como espaço de reflexão para ação, concebida  a relação indissociável entre teoria e prática. E o PIBID vem trazendo esta oportunidade associando professores e estudantes de pedagogia trabalharem juntos a favor de uma educação de qualidade.  
  





sábado, 27 de junho de 2015

ENCERRAMENTO DO 1º SEMESTRE

Encerramento do 1º semestre da turma B, turno matutino da escola Vilma Brito Sarmento.



Sabemos o quanto é importante proporcionando sentimentos de alegria, amor, coragem, confiança e segurança diante do mundo. Através das atividade lúdica e festas que proporcionamos em sala de aula damos oportunidade para as crianças criarem uma aprendizagem. O lúdico também se relaciona à conduta daquele que joga, que brinca e se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo: seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo. Na história de nosso desenvolvimento, sabemos que o ser humano tem recebido inúmeras designações: Homo Sapiens, porque possui como função o raciocínio para aprender e conhecer o mundo; Homo Fáber, porque fabrica objetos e utensílios; e, Homo Ludens porque é capaz de dedicar-se às atividades lúdicas, ou seja, ao jogo. Pode-se dizer que o ato de jogar é tão antigo quanto à própria humanidade. Jogar é uma atividade natural do ser humano. Através do jogo e do brinquedo, o mesmo reproduz e recria o mundo a sua volta. E ai está uma das oportunidades da turma, criando novas aprendizagem e se divertindo.

domingo, 12 de abril de 2015

REUNIÃO COM OS PAIS DO 2 º ANO DA PRÓ JOSIENE.





Muito tem sido feito para garantir acesso e permanência da criança na escola; como a alteração da LDB pela lei nº 11.274/2006, que estabeleceu o ingresso da criança a partir dos seis anos de idade no Ensino Fundamental, tendo como possibilidade de melhorar as condições de equidade e qualidade da Educação Básica, estruturar um novo Ensino Fundamental e assegurar um alargamento do tempo para as aprendizagens da alfabetização e do letramento. É esse o nosso foco; alfabetização e letramento, acredito para que venha a ter uma qualidade de educação é necessário valorizar uma das dimensões para que nossos alunos venham progredir em seu aprendizado. É a parceria com a família, acolhê-la na escola como agentes  participativos diretos no processo educativo dos seus filhos. Infelizmente muitos pais da escola pública deixa seus filhos, como se fosse um deposito para guardar enquanto vão desenvolver outras atividades, tem deles que termina o ano letivo e não conhece a professora que é responsável pelo seu filho e nem sabe qual a série em que ele se encontra. Vejo então que o professor tem um papel muito importante em tentar conscientizar esses pais do seu papel na formação pedagógica do seu filho. Utilizar das reuniões de pais e mestres para criar um laço de amizade, um momento agradável onde pais e professores trabalharão para o aperfeiçoamento escolar dos seus filhos. Quem sabe assim possamos diminuir o índice do fracasso escolar. Nessa perspectiva realizou o primeiro encontro com os pais dos alunos do 2º ano, na qual através da leitura da musica “ Eu Desejo”  de Pregador Lú, fizemos uma reflexão sobre as famílias e a importância das orientações na vida de seus filhos, conduzindo os mesmos a terem responsabilidades com suas atividades e materiais escolares. Um momento agradável com lanches e lembranças produzidas pelos alunos.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Analise do Diagnóstico da Turma do 2º ano.

Analise do Diagnótico.


No dia 27 de março de 2015, se reuniu na UESB os alunos do PIBID Danilo, Átila, Jamily e Murilo com as professoras Socorro e Josiene. Foi um encontro enriquecedor, pois houve trocas de conhecimentos e aprendizados. Baseado no texto que trouce os estudos da psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, relembramos como foi o grande equivoco na transmissão da teoria do construtivismo; que passaram para os professores deixar seus alunos a construírem seus conhecimentos sozinhos. Lembro muito bem na época em que a secretária de educação do município de Jequié ao transmitir para nós professores; foi uma grande confusão. O tradicionalismo foi tido como o vilão da história. Defendi a teoria tradicional e continuei trabalhando com ela. Quando fiz o curso de pedagogia e conheci os estudos de Ana Teberosk e Emília Ferreiro compreendi como é importante conhecermos as fases de aprendizagem dos nossos alunos para podermos intervim e eles avançarem. E  hoje retomando os estudos vejo que se juntarmos o construtivismo e a teoria de Paulo Freire com o ensino das palavras geradoras, conseguiremos desenvolver um bom trabalho de alfabetização. Naquela tarde conseguimos analisar em que fase cada aluno do 2º ano está na escrita e na leitura algo muito importante para sermos capazes de planejarmos o nosso trabalho como educadora.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Aplicação da Avaliação Diagnóstica do 2º ano


25/03/2015-quarta-feira: Avaliação Diagnóstica da Turma do 2º ano.


Hoje foi realizada a avaliação diagnóstica do 2º ano na Escola Vilma Brito Sarmento no turno matutino com a participação da professora Socorro Cabral, os alunos de pedagogia Jamile, Átila, Danilo, Murilo e a professora regente Josiene. A realização dessa atividade foi possível porque todos nós juntamente planejamos pensando nos desafios a serem enfrentado na sala de aula articulando entre as dimensões individual e coletiva, pois, as possibilidades individuais precisam sempre estar integradas e articuladas com fatores de ordem social e coletiva de cada escola. Deixando claro as ações no processo de avaliação definindo claramente o que se pretende valiar. Um momento muito prazeroso para todos.

domingo, 22 de março de 2015

Encontro na Escola Vilma Brito para o planejamento

O momento de planejamento na Escola Vilma Brito, com os alunos do PIBID em companhia das professoras  Ivana e Socorro foi muito agradável. O Planejamento é a ferramenta que as pessoas e as organizações utilizam para administrar suas relações com o futuro por isso é um ato tão importante e indispensável na vida dos educadores que a todo instante lhe da com formações de opiniões.